A água, o alimento mais consumido é também responsável pela grande maioria das doenças provocadas nos seres humanos. 


Nos tempos antigos, quando a qualidade e a pureza desse bem ainda não sofria tanto com os efeitos da contaminação do solo, seu acondicionamento em moringas e filtro de barro era muito comum nas residências.



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Naquela época, pedir e tomar copo de água mineral gelada com groselha era tido como um ritual de luxo muito apreciado.


Mas, com o crescimento populacional urbano desordenado, os reflexos da contaminação por nitrato e toda sorte de poluentes nas represas e nas tubulações, provocaram alterações no odor e gosto no produto servido pela rede pública.


Devido a esses fatos e à melhora do poder aquisitivo, a migração e a demanda pelo consumo da água mineral se tornou inevitável e crescente.


À medida em que a preferência pela água mineral se consolidava, novas resoluções (RDCs) da Anvisa surgiram para regulamentar a produção, embalagem e armazenamento dos produtos nas Fontes.


Entretanto, as águas minerais envasadas em garrafões retornáveis de 20 litros ocupam a quase totalidade das vendas, enquanto as acondicionadas em retornáveis de 10 Litros ainda são pouco ofertadas.


Isso dificulta o acesso ao produto por parte dos idosos e pessoas com limitações físicas, deixando-os mais expostos aos riscos de acidente na virada dos garrafões e não atenta para as famílias e moradias cada vez menores, uma realidade no modo de vida da sociedade atual.


A falta dessa opção também gera perda de oportunidades e de lucros nos negócios, pois além de estimular a busca por filtros de água da rede pública, o preço da água mineral em descartáveis de 10 litros é maior do que o dos retornáveis e agrava a poluição ambiental.

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Jacir Pinto de Araujo é gestor de negócios e Vanessa Marceli de Araujo é Nutricionista da DBB.

São Paulo, 06 de maio de 2019